quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

BRASIL E MARUM




Nestes anos que estamos passando,  algo muito estranho aconteceu em nosso país, voltamos séculos no tempo e retornamos a Idade Média. Resgatamos os Tribunais da Inquisição, o brasileiro saiu da inércia, e em um salto virou Juiz e Algoz, produzindo sentenças e as executando. A diferença que temos com a inquisição é que nossa ignorância e maldade é maior, não perseguimos, julgamos e condenamos em nome de Deus, e sim em nome de uma ideologia política, uma sigla um status social, uma sociedade que sempre foi conivente com seus interesses de classes.

A esquerda, Filosófica, tem solução para todos os problemas da pátria, projetos fantásticos, necessários, urgentes, mas, olhando somente os alijados das oportunidades da sociedade, esquecendo que hoje o capital move a humanidade.  Acredita e briga pela educação, saúde e oportunidades para os excluídos, seus pensadores são fantásticos, sábios, humanos (nem todos), conhecem a pobreza, a miséria e o abandono dos necessitados (milhões) se envolve emocionalmente com este público e realmente se preocupam em achar solução para este genocídio, que é o grande entrave a vida e a evolução de nosso país, só que também são desonestos com aqueles que querem ajudar, em defesa de seus projetos e sonhos vendem a alma ao Diabo. Apoiaram e apoiam todos os erros cometidos por seus governantes, defendem abertamente e sem vergonha na cara todos os seus ladrões, pois fizeram muito pela sociedade excluída, é o argumento, concordo, nunca vou discordar, mas o fim não justifica os meios (rouba, mas faz). O Filósofo, o Sábio, é humano, utópico, não é administrador. Cria mas não consegue executar, precisa de ajuda, mal consegue cuidar da própria vida, mas está correto em amar e se preocupar com o próximo, ele é o legitimo cidadão, precisa de alguém para executar os projetos. Aí entram os lobos em pele de cordeiro, os aproveitadores de sonhos e necessidades, deturpam tudo, pois precisam de dinheiro e apoio para se manterem no poder, nós conhecemos e vivenciamos esta história, mas se prostitui a ideia e o pensamento quando se defende esta corja (a esquerda não nasceu da inveja ou do ódio, e sim pela necessidade de respeito à dignidade humana).

E a direita lógica, como se comporta? O direito, liberdade e respeito não é para todos, o pobre abandonado e excluído é um transtorno para a sociedade, é o peso morto que carrega com o imposto que paga, paga? São os sugadores do sangue da pátria, não produzem nada e querem tudo, só os meus merecem, a escória, o resto, se sobrar! Faculdade pra quê? dinheiro jogado fora! Lutaram, foram às ruas, bateram panelas, sujaram e ofenderam o verde amarelo da Bandeira, usado como um uniforme de combate de uma guerra suja, tendenciosa e hipócrita. Criaram um ódio sem precedentes na história, para hoje depois de todos os escândalos estarem quietos, omissos e recolhidos como cordeiros para o abate e aplaudindo uma grande matilha, pois os lobos são eles e deles. Não se esqueçam que quando foram as ruas e levaram seus filhos, mentiram para eles, falaram verdades que não existiam, hoje estão quietos apoiando o que está acontecendo. Qual é a desculpa que dão? Já pensou no estrago do caráter deles? Que homens serão amanhã?
Agora chegou onde queria, depois de todo acontecimento, da vergonha que estamos passando, pois o mundo ri de nós, um povo que quer ser alemão e não consegue ser argentino, Los Hermanos, extirparam seu câncer usando a arma da democracia, que se chama voto, acredito que poucos de vocês sabem pra que serve. Hoje estão todos unidos, esquerda direita contra. Não estão contra o que está acontecendo no Congresso, no Supremo, mas sim contra uma pessoa, um político, que tudo que faz, vai contra a minha maneira de pensar, não votei nele, não gosto do seu partido, não concorda em nada com suas defesas, mas respeito sua coragem e lealdade.

Estou falando do deputado Carlos Marum, o gigante do PMDB em tamanho e coragem, a direita e a esquerda o odeiam, mas ele é um dos poucos políticos brasileiros que tem a coragem de dar a cara a tapa, assumiu um compromisso e vai lutar até o ultimo dia. Qual a diferença dele para todo o congresso, assembleias legislativas, câmaras municipais, ele assume, põe a cara a tapa, defendendo o erro sim, mas tem coragem e um compromisso assumido. Quantos milhões de brasileiros estão ao nosso lado, dão o tapa e escodem as mãos? Estamos nesta situação somente por culpa dos políticos? Vamos tentar ser decentes e racionais, lutar por um pais maior. Se começarmos em vinte anos seremos uma Argentina, em trinta um Chile, em quarenta uma Bélgica, em sessenta uma França, e em oitenta uma Alemanha, que é o sonho de todo mundo. Somos tão incompetentes que vivemos esperando milagres, a moda agora são os Lobos vestidos de Cordeiro que estão surgindo como os salvadores da pátria. Vamos criar uma nova geração de sugadores piores que os que aí estão! Estes estão vestidos de bonitinhos, honestos e sérios. Estes não tem alma e nem coração.

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Mordi a língua no tronco

                              O velho e o novo, Cantando Bonito ou Canta Bonito
                                                  

                              No início não acreditei em um grande espetáculo estrelado por nossos artistas, esperava algo comum, normal sem grande surpresa, assisti um ensaio na Praça da Liberdade e não na praça das piraputangas, nada de diferente do que costumo ouvir eles todos os dias, qual a surpresa e alegria quando o show começou, tive a felicidades de sentar ao lado de pessoas que gosto muito, Luiz Falcão, Maria Alzira e seu irmão Mario da Romilda, como o Luiz e a Alzira pouco saem para as baladas, não conheciam nossos artista e então tive o privilégio de apresentar todos para ele, conforme ia apresentando ia ficando emocionado, pois nós estávamos voltando no tempo, no palco estavam meninos representando boa parte da história de nossa cidade, pois seus antepassados fizeram Bonito. Nunca imaginei que a união dos descendentes dos pioneiros, com os novos bonitenses, formaria uma Banda maravilhosa, capaz de emocionar e levantar a plateia, sentir o coração bater forte de alegria e orgulho, se não foi o melhor momentos dos 18 festivais, foi um dos melhores, como se diz no popular *Lavar a Alma*, olhando o palco se via um pedaço de Bonito, nele estavam jovens músicos representando algumas das famílias que escreveram parte da nossa história, juntos com novos bonitenses que estão fazendo bonito, já estão escrevendo no livro da cidade. Vi no palco ÁLVARO CAVALHEIRO, o neto e o avô, a bisavó dona Tina, não tive o prazer de conhecer Sr. Hortêncio, Zé cavalheiro lendo um gibi, cem anos de vida em Bonito. EDUAN COELHO, encontrei meu amigo de criança, Durval Coelho, os dois únicos vermelhos da cidade, a menina Ester sempre faceira, Dilmar meu amigo esquerdista. VINICIUS, com seu vozeirão, orgulho do João Candido e do Ulisses Guasca, orgulho da sua mãe que o deixou cedo demais, Geraldo com certeza estava com a Emidia em um canto escorrendo umas lagrimas. ALEXANDRE XAVIER, cantando em inglês, emocionou os Perós, que não são Perós, mas sim Xavier Ribeiro, coisas da tataravó que casou com o Pedro e não sabia pronunciar o nome, era índia, assim nasceu João Xavier Ribeiro, depois seu filho Mario, nosso violinista, que casou com Edir, que teve a Carmem, mãe do Alexandre, bisneto da Vó Andradina e Hilário Sanches, casal que recebeu e acolheu em sua casa o Sinhozinho, não esquecendo do pai do cantor o cuiabano Odair Popó. ISAQUE, da Guiomar, neto do Osvaldo Trelha, lembro dos banhos de formoso em sua fazenda quando era criança. JEFERSSON, o boi, desculpa a liberdade, voltei no tempo vi seu Romário, saudades do Noedir homem único, Bita companheira de luta, não conheci ou não lembro do Sr Ozorio, um Bonito de emocionar. JOSEMAR, neto do Henrique e Adelaide Zanuncio Trindade, filho do Ataíde e Verissima, que tem o sangue musical dos nossos vizinhos paraguaios, Zanuncio e Trindade, nomes da nossa história. MARIEL FLORES, neto do seu Miro, filho do Marinho Botafogo e da Maria do Manoel Cruz, famílias que sempre fizeram Bonito. Agora chegamos no novo, os novos bonitenses, que já estão escrevendo Bonito, JOÃO MOREL, o caçula, outro sangue bom, bonitense paraguaio filho da Luzia Cristina Morel, neto do paraguaio Florêncio Morel, veterano da guerra do chaco. TIAGO PERES, sempre fui fã das suas músicas e da sua coragem, hoje muito mais, Filho do Gilberto e Helena, você tem a garra de um grande guerreiro, vamos sempre tentar, acreditar e seguir em frente, vamos vencer. VITORIO, filho de Miguel Alves Machado e Maria Conceição da Cruz, não nasceram em Bonito mas escolheram aqui para criar os filhos, feliz na escolha do samba, Viver e não ter vergonha de ser Feliz, é Bonito é Bonito com toda razão. GIOVAN COUTINHO, conheci pequeno, filho dos meus amigos Nilton Coutinho e Bete de Marco Coutinho, não nasceram aqui, mas escolheram para viver e ter alguns filhos, os últimos são bonitenses, muito bom ter vocês, estão ajudando a escrever alguns capítulos do nosso livro.
PH, filho do nosso capitão Wilson, escolheu Bonito para ser feliz, PH, hoje você poderia estar em São Paulo, teve oportunidades, mas escolheu voltar para nossa cidade para ajudar nossos jovens, passando o conhecimento que adquiriu, nosso professor, conheceu uma menina de família centenária e já é um pai bonitense, obrigado por ter voltado. GOGA PENHA, realização e alegria no palco, uma criança feliz filho do Mario da Sucam e Eliza Penha, teve oportunidade de ficar fora, mas resolveu voltar e fazer a diferença. MORGANA, a magia das Brumas de Avalon, subiu ao palco para cantar uma música maravilhosa que nasceu através de uma carta de amor, escrita pára uma namorada que tinha se mudado para SP, ele poeta apaixonado não aguentando a saudade foi atrás, chegou junto com a carta, a amada disse para fazer uma música, palavras ditas para mim aqui no tapera, você é muito especial, tanto que fiz questão de ter você no lançamento do livro da minha amada, obrigado, agora o ultimo personagem deste espetáculo maravilhoso, KALU filho de José Carvalho do Nascimento e Maria do Carmo Alves de Carvalho, tua mãe me contou uma história há muitos anos, disse ela que quando você nasceu era muito chorão, só se acalmava quando ela colocava um microfone na sua mão, assim começou uma vida de amor a música, obrigado por ter vindo para Bonito, obrigado por agregar tantos talentos em um só espaço, vocês fizeram história, escreveram um capitulo muito importante no livro de Bonito, este dia será lembrado, foi um espetáculo único, como disse no título, mordi a língua no tronco, sou um cara feliz quando mordo a língua, pois quando acontece algo de bom a cidade ganhou.

                                 Parabéns, povo feliz cidade orgulhosa a todos vocês, não se superaram, fizeram o que sabem fazer, de maneira séria e profissional, estamos felizes e orgulhosos, minhas desculpas.