O velho e o novo, Cantando Bonito ou Canta Bonito
No início não acreditei em um grande espetáculo estrelado por nossos
artistas, esperava algo comum, normal sem grande surpresa, assisti um ensaio na
Praça da Liberdade e não na praça das piraputangas, nada de diferente do que
costumo ouvir eles todos os dias, qual a surpresa e alegria quando o show
começou, tive a felicidades de sentar ao lado de pessoas que gosto muito, Luiz
Falcão, Maria Alzira e seu irmão Mario da Romilda, como o Luiz e a Alzira pouco
saem para as baladas, não conheciam nossos artista e então tive o privilégio de
apresentar todos para ele, conforme ia apresentando ia ficando emocionado, pois
nós estávamos voltando no tempo, no palco estavam meninos representando boa
parte da história de nossa cidade, pois seus antepassados fizeram Bonito. Nunca
imaginei que a união dos descendentes dos pioneiros, com os novos bonitenses,
formaria uma Banda maravilhosa, capaz de emocionar e levantar a plateia, sentir
o coração bater forte de alegria e orgulho, se não foi o melhor momentos dos 18
festivais, foi um dos melhores, como se diz no popular *Lavar a Alma*, olhando
o palco se via um pedaço de Bonito, nele estavam jovens músicos representando
algumas das famílias que escreveram parte da nossa história, juntos com novos
bonitenses que estão fazendo bonito, já estão escrevendo no livro da cidade. Vi
no palco ÁLVARO CAVALHEIRO, o neto e o avô, a bisavó dona Tina, não tive o prazer
de conhecer Sr. Hortêncio, Zé cavalheiro lendo um gibi, cem anos de vida em Bonito. EDUAN COELHO, encontrei meu amigo de criança, Durval Coelho, os dois únicos
vermelhos da cidade, a menina Ester sempre faceira, Dilmar meu amigo
esquerdista. VINICIUS, com seu vozeirão, orgulho do João Candido e do Ulisses
Guasca, orgulho da sua mãe que o deixou cedo demais, Geraldo com certeza estava
com a Emidia em um canto escorrendo umas lagrimas. ALEXANDRE XAVIER, cantando
em inglês, emocionou os Perós, que não são Perós, mas sim Xavier Ribeiro,
coisas da tataravó que casou com o Pedro e não sabia pronunciar o nome, era
índia, assim nasceu João Xavier Ribeiro, depois seu filho Mario, nosso
violinista, que casou com Edir, que teve a Carmem, mãe do Alexandre, bisneto da
Vó Andradina e Hilário Sanches, casal que recebeu e acolheu em sua casa o Sinhozinho, não esquecendo do pai do cantor o cuiabano Odair Popó. ISAQUE, da Guiomar, neto do Osvaldo Trelha, lembro dos banhos de formoso em sua
fazenda quando era criança. JEFERSSON, o boi, desculpa a liberdade, voltei no
tempo vi seu Romário, saudades do Noedir homem único, Bita companheira de luta,
não conheci ou não lembro do Sr Ozorio, um Bonito de emocionar. JOSEMAR, neto
do Henrique e Adelaide Zanuncio Trindade, filho do Ataíde e Verissima, que tem
o sangue musical dos nossos vizinhos paraguaios, Zanuncio e Trindade, nomes da
nossa história. MARIEL FLORES, neto do seu Miro, filho do Marinho Botafogo e da
Maria do Manoel Cruz, famílias que sempre fizeram Bonito. Agora chegamos no
novo, os novos bonitenses, que já estão escrevendo Bonito, JOÃO MOREL, o
caçula, outro sangue bom, bonitense paraguaio filho da Luzia Cristina Morel,
neto do paraguaio Florêncio Morel, veterano da guerra do chaco. TIAGO PERES,
sempre fui fã das suas músicas e da sua coragem, hoje muito mais, Filho do
Gilberto e Helena, você tem a garra de um grande guerreiro, vamos sempre
tentar, acreditar e seguir em frente, vamos vencer. VITORIO, filho de Miguel
Alves Machado e Maria Conceição da Cruz, não nasceram em Bonito mas escolheram
aqui para criar os filhos, feliz na escolha do samba, Viver e não ter vergonha
de ser Feliz, é Bonito é Bonito com toda razão. GIOVAN COUTINHO, conheci
pequeno, filho dos meus amigos Nilton Coutinho e Bete de Marco Coutinho, não
nasceram aqui, mas escolheram para viver e ter alguns filhos, os últimos são
bonitenses, muito bom ter vocês, estão ajudando a escrever alguns capítulos do
nosso livro.
PH, filho do nosso capitão Wilson, escolheu Bonito para ser
feliz, PH, hoje você poderia estar em São Paulo, teve oportunidades, mas
escolheu voltar para nossa cidade para ajudar nossos jovens, passando o
conhecimento que adquiriu, nosso professor, conheceu uma menina de família
centenária e já é um pai bonitense, obrigado por ter voltado. GOGA PENHA, realização
e alegria no palco, uma criança feliz filho do Mario da Sucam e Eliza Penha,
teve oportunidade de ficar fora, mas resolveu voltar e fazer a diferença. MORGANA, a magia das Brumas de Avalon, subiu ao palco para cantar uma música
maravilhosa que nasceu através de uma carta de amor, escrita pára uma namorada
que tinha se mudado para SP, ele poeta apaixonado não aguentando a saudade foi
atrás, chegou junto com a carta, a amada disse para fazer uma música, palavras
ditas para mim aqui no tapera, você é muito especial, tanto que fiz questão de
ter você no lançamento do livro da minha amada, obrigado, agora o ultimo
personagem deste espetáculo maravilhoso, KALU filho de José Carvalho do Nascimento e
Maria do Carmo Alves de Carvalho, tua mãe me contou uma história há muitos
anos, disse ela que quando você nasceu era muito chorão, só se acalmava quando
ela colocava um microfone na sua mão, assim começou uma vida de amor a música,
obrigado por ter vindo para Bonito, obrigado por agregar tantos talentos em um
só espaço, vocês fizeram história, escreveram um capitulo muito importante no
livro de Bonito, este dia será lembrado, foi um espetáculo único, como disse no
título, mordi a língua no tronco, sou um cara feliz quando mordo a língua, pois
quando acontece algo de bom a cidade ganhou.
Parabéns, povo
feliz cidade orgulhosa a todos vocês, não se superaram, fizeram o que sabem
fazer, de maneira séria e profissional, estamos felizes e orgulhosos, minhas
desculpas.