Quando criei o Voucher Único na década de 90, tinha uns objetivos a cumprir, pois tudo era novo e estávamos começando.
1º- Organizar a visita aos passeios.
a – controlar visitação por atrativos, capacidade de carga
b – fiscalização pelo poder publico deste movimento.
c – A agencia, o guia, o turista e o atrativo teriam também um controle.
d – inicialmente o Voucher tinha cinco vias para evitar fraude.
2º- Ter estatística real do movimento de turistas em nossa cidade.
a – Quantidade
b – Origem
b1- cidade
b2- estado
b3- País
3º- Arrecadar impostos.
Enfim, ter em mãos um instrumento que nos desse total controle do movimento de turistas em nossos atrativos para respeitar os limites de gente de cada um. Capacidade de carga é um termo que nós não conhecíamos. Com isto protegê-lo e preservar para as gerações futuras.
Passados quase 15 anos o que tenho notado é que o Voucher está servindo apenas a dois propósitos.
1º- Arrecadar impostos.
2º- Secretário de turismo e o presidente do Grande Conselho viajarem pelo Brasil falando asneiras e pregando mentiras patrocinados pelo dinheiro do povo.
Não se esquecendo que sou o babaca oficial da cidade, desde o século passando não participo das discussões, pois atualmente só falo besteira. Mas, ocasionalmente, alguém se lembra de mim e vem pedir socorro. Este mês vários vieram reclamar da bagunça que virou a história do Voucher, conforme constatei os dois itens mais importantes, Preservação e Estatística, não estão sendo cumpridos, pelo que notei, não tem muita importância e dá muito trabalho.
O primeiro objetivo era cruzar informações para ver se a quantidade de pessoas por atrativo estava dentro do limite permitido, ou não. O serviço que deveria ser feito todo dia ou no máximo uma vez por semana, informações que tive, é que fazem um controle apenas uma vez por mês, não cruzando informações diárias para ver se tal dia houve abuso. Onde está a preocupação com o futuro?
O segundo objetivo, a Estatística é fundamental para o planejamento futuro, faz parte da vida moderna. Hoje nós não sabemos o destino de origem do nosso visitante; país, estado e cidade, estes números são fundamentais, para todo o trabalho inerente a turismo, capacitação de mão de obra, marketing, números reais para atrair investidores e muitos outros.
O terceiro, arrecadar impostos, pois, para o prefeito da época, que hoje é o atual, turismo era um incomodo, pois nós estávamos passando pelo ciclo da lavoura, e ela na sua concepção era mais importante, para que ele fosse nosso parceiro na organização do turismo, tínhamos que dar ao poder público um motivador para acreditar na viabilidade e, podermos cobrar parceria, pois o turismo era um sonho novo, apenas começando, e hoje o arrecadar é o único que funciona.
Como podemos ganhar prêmios por uma penicilina que não funciona, secretários e presidentes viajaram e viajam alardeando uma coisa que não conhecem e não fazem funcionar.
Como ganhar prêmio pelo tal Voucher Eletrônico se a única coisa que funciona nele é cobrar pouco ISS dos hotéis? Porque nos balneários não é obrigatório o uso do Voucher Único? Os senhores falam disto nas palestras Brasil a fora ou sonegam informações? Como dar aula se não fazem o dever de casa?
Parabéns pelo continuísmo no Grande Conselho.
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