Ilha de esperança
Cerco da vergonha humana
Praça da liberdade
Lute pela sua essência
Não percamos a esperança
Ao Norte o Banco do Brasil
Que não é dos brasileiros
Tem que ter dinheiro e crédito
Se não tens estes requisitos, não é teu.
Fazemos parte da maioria.
Não é nosso.
Ao Oeste um templo
Onde Deus vem para te dar
Dinheiro, saúde e felicidade
Mas tem que pagar.
Ao Sul a Caixa Econômica Federal
Escondida atrás de uma casa de apostas
Onde todos nós oprimidos e derrotados
Vamos atrás do milagre da sorte
Todos os dias apostamos nossas esperanças
Sempre os mesmos ansiosamente esperam o resultado
Pois aí serão recebidos de braços abertos no Banco do Brasil
Ao Leste, outro templo
Onde se prega a humildade e o amor
Pois, assim, ganharemos a vida eterna
Não é preciso pagar, já sugaram muito
Seus lideres vivem em palácios
Pregando a humildade e o desprendimento material
Bancos e Igrejas
As maiores invenções comerciais do homem
Estão cercando o templo da liberdade
A Praça da Liberdade
Ainda resiste para que possamos sonhar.
“A praça é do povo assim como o céu é do condor”
Castro Alves.
Caro Tó
ResponderExcluirMuito boa essa sua "poesia-crítica", está sendo interessante acompanhar seu blog.
Espero mais textos.
Feliz dias dos pais.
Boggiani