Em todos os anos de minha vida, em que me lembro, escutei, menos em minha casa, pois meus pais não falavam: “Eu quero um filho médico.”
Com o passar dos anos, fui entendendo porque falavam isso. Médico ganha muito dinheiro, não existe médico pobre. No meu tempo de criança eles eram médicos e fazendeiros: Dr. Garcia, Dr. Alencar, Dr. Cupertini dono da Pitangueira e outros.
Era e é a profissão de futuro, tudo é garantido para o médico, respeito, dinheiro, emprego, todas as conquistas da sociedade. Por pior profissional que seja, ganha no mínimo R$10.000,00 por mês.
Com o passar do tempo, observando o andar da sociedade, fazendo parte dela e tendo estudado - fiz Direito e não medicina - criei a minha teoria sobre a importância do estudar e aprender. Desde os meus tempos de estudante observei meus colegas de curso e alunos dos outros existentes. O meu universo de estudo é limitado, conversei e converso com estudantes aqui do meu estado e às vezes tenho acesso a estudantes de outros locais.
Sempre escutei a mesma história, dedicação integral ao curso vinte e quatro horas por dia, trinta dias por mês, trezentos e sessenta e cinco dias do ano e seis anos de estudo. Calma! A residência é depois, durante seis anos o aluno vive em função do curso de medicina, independente se faz uma faculdade pública ou particular o envolvimento é o mesmo, estudar muito e trabalhar bastante sem receber nada a não ser o conhecimento.
Se todos os alunos dos outros cursos existentes estudassem e estagiassem gratuitamente como o mesmo empenho que o estudante de medicina, não existiria profissão ruim ou mal remunerada. Tirando a medicina, todo estagiário pensa mais no retorno financeiro do que o retorno do aprendizado dos próprios pais. Já quando estudantes são bem pagos, a maioria se preocupa com o ganho e o passar de ano, independente do conhecimento.
Se você estudar e trabalhar tanto quanto um estudante de medicina, você será um profissional de sucesso.
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