Nestes oito anos de Lula, muito tenho ouvido sobre os programas sociais de seu governo, os termos sempre são os mesmos: “ajudando vagabundo”, “induzindo a preguiça”, “pobre nunca quis trabalhar” e outros adjetivos carinhosos de quem conhece a vida.
Tivemos oito anos, também de administração de um governo socialista, mas de academias. Pessoas nascidas em berço esplêndido que só conheciam a miséria através de literatura e pesquisa de alguns acadêmicos.
O que é miséria para os bens nascidos, trocar picanha por maminha, camarão por merluza ou Chanel por Natura?
Às vezes fico a pensar como as pessoas que não a conhecem a imaginam. Ela existe em poucos lugares do Sul e Sudeste, bastante no Centro-Oeste e muito no Norte e Nordeste do país.
Todos os comentários que ouvi nestes últimos anos partiram de pessoas sem nenhum conhecimento de amor, solidariedade e fraternidade. Por pessoas que, se não fosse do seu círculo de convivência ou interesses, tudo que é feito fora de seu universo não tem nenhum valor ou importância, dinheiro e tempo jogado fora.
Sempre acreditei que somente uma pessoa saída da miséria, com todos os sofrimentos que ela conhece, trazendo consigo a esperança de mudanças e muito amor para realizá-los, conseguiria quebrar os grilhões do impossível, mostrando que com pequenos projetos sociais, atingiria todos aqueles que sempre orbitaram as margens das oportunidades que este grande país, conhecido como a terra das oportunidades, sempre os alijou.
Vendo os oito anos de governo Lula, as conquistas dos miseráveis, as perspectivas de um futuro melhor e oportunidades que nunca tiveram. Será que não valeu à pena?
A vida é como um câncer, uns vencem outros perdem... Os que perdem não souberam lutar?
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