Nos anos 90 recebi em minha casa um professor espanhol, estava em Campo Grande, pois a UCDB tinha um convenio com uma grande universidade na Espanha, na área de turismo. E ele fez um comentário; notou que todas as empresas da cidade eram pequenas e tinham o perfil do dono. Achou muito interessante. Disse a ele que este era um dos motivos que eu acreditava na perpetuidade de Bonito no turismo. Ele concordou comigo, pois, segundo ele, era caso raro de se encontrar. Baseado em uma das minhas inúteis teorias, turismo de interior é uma volta ao passado, quando você vai ao interior está procurando lembranças bonitas do passado, como o Brasil, até 70 era um país rural. Mesmo o cosmopolitano tem um pé no interior. Quando começamos éramos interessantes por este motivo. Tínhamos um carinho com nosso cliente. Eles eram uma pessoa, hoje virou um número.
Passados mais de 10 nos da visita deste professor, hoje faço um comentário diferente, há alguns anos comecei a dizer que se você for à maior parte das empresas de Bonito, voltadas para o turismo, às 9h da manhã, 3h da tarde e 9h da noite, você dificilmente encontrará um dono trabalhando; Hotel, loja de artesanato, agência de turismo. Perdemos a identidade e a preocupação com o turista.
Está, praticamente toda a cidade, em mãos de funcionários.
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