Há muitos anos ouvi de uma pessoa, muito querida, Professor Joâo Francisco uma teoria referente ao turismo. Teoria esta criada por um renomado professor, inclusive levava seu nome, dizia que todo novo local tinha um prazo para acabar o movimento e cair no ostracismo. Era mais ou menos assim: Normalmente um novo destino é descoberto pelos ricos. O movimento começava, o local ficava em evidência, logo vinha a classe média e o crescimento estagnava. O rico fugia e após a fuga do grande consumidor vinha o pobre. Começava aí a decadência, por que as classes não dividem o mesmo lugar. Por conta disto o nível de produto no mercado caía muito, a exigência diminuía e tudo se vulgarizava.
Ele dizia que em Bonito também seria assim.
Prontamente discordei, pois eu sempre imaginei que Bonito tomaria outro rumo, e não o que tomou. Disse que Bonito, por ter suas peculiaridades, seria eterno. Esta síndrome não aconteceria aqui, pois nós tínhamos a felicidade de sermos únicos, uma perola no universo do turismo. Disse também que todos os lugares conhecidos eram públicos e normalmente praia, que éramos propriedades particulares e com produtos para todas as pessoas. Nós não teríamos este problema, pois temos produtos para todas as classes sociais, e com um atenuante muito forte: limite de pessoas e os atrativos mais exclusivos com horário marcado. Coisa única e quase exclusividade em Bonito. Disse a época, o Eduardo e testemunha, que Aquário, Sucuri e Prata teriam, a curto prazo, preços de U$ 70,00, só que, chegamos à mídia, crescemos, ficamos famosos e não mudamos. Ficamos parados no tempo, novos destinos apareceram; produtos simples com investimento estrutural de qualidade, coisa que não aconteceu conosco. Nossos atrativos evoluíram em estrutura, a cidade não. Nossos atrativos, com exceção da Gruta, que é administrada pela prefeitura e continua a mesma desorganização de sempre, estão preparados para todas as classes sociais, a cidade não. Nas discussões que tinha no passado. Sempre acreditei que teríamos hotelaria com qualidade para um público exigente, consequentemente lojas, restaurantes etc., errei, a nossa hotelaria esta preparada para um público bem pouco exigente em conseqüência disso o nível da cidade caiu, em função do que oferecemos , o padrão do turista caiu. Temos turistas exigentes acostumados a viajar, freqüentando o que o mundo tem de qualidade. Estes saem insatisfeito conosco.
A curva chegou.
Tivemos movimento, mas novas catástrofes aconteceram este ano:
- Rio de Janeiro
- São Paulo
- Minas Gerais
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