quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Mordi a língua no tronco

                              O velho e o novo, Cantando Bonito ou Canta Bonito
                                                  

                              No início não acreditei em um grande espetáculo estrelado por nossos artistas, esperava algo comum, normal sem grande surpresa, assisti um ensaio na Praça da Liberdade e não na praça das piraputangas, nada de diferente do que costumo ouvir eles todos os dias, qual a surpresa e alegria quando o show começou, tive a felicidades de sentar ao lado de pessoas que gosto muito, Luiz Falcão, Maria Alzira e seu irmão Mario da Romilda, como o Luiz e a Alzira pouco saem para as baladas, não conheciam nossos artista e então tive o privilégio de apresentar todos para ele, conforme ia apresentando ia ficando emocionado, pois nós estávamos voltando no tempo, no palco estavam meninos representando boa parte da história de nossa cidade, pois seus antepassados fizeram Bonito. Nunca imaginei que a união dos descendentes dos pioneiros, com os novos bonitenses, formaria uma Banda maravilhosa, capaz de emocionar e levantar a plateia, sentir o coração bater forte de alegria e orgulho, se não foi o melhor momentos dos 18 festivais, foi um dos melhores, como se diz no popular *Lavar a Alma*, olhando o palco se via um pedaço de Bonito, nele estavam jovens músicos representando algumas das famílias que escreveram parte da nossa história, juntos com novos bonitenses que estão fazendo bonito, já estão escrevendo no livro da cidade. Vi no palco ÁLVARO CAVALHEIRO, o neto e o avô, a bisavó dona Tina, não tive o prazer de conhecer Sr. Hortêncio, Zé cavalheiro lendo um gibi, cem anos de vida em Bonito. EDUAN COELHO, encontrei meu amigo de criança, Durval Coelho, os dois únicos vermelhos da cidade, a menina Ester sempre faceira, Dilmar meu amigo esquerdista. VINICIUS, com seu vozeirão, orgulho do João Candido e do Ulisses Guasca, orgulho da sua mãe que o deixou cedo demais, Geraldo com certeza estava com a Emidia em um canto escorrendo umas lagrimas. ALEXANDRE XAVIER, cantando em inglês, emocionou os Perós, que não são Perós, mas sim Xavier Ribeiro, coisas da tataravó que casou com o Pedro e não sabia pronunciar o nome, era índia, assim nasceu João Xavier Ribeiro, depois seu filho Mario, nosso violinista, que casou com Edir, que teve a Carmem, mãe do Alexandre, bisneto da Vó Andradina e Hilário Sanches, casal que recebeu e acolheu em sua casa o Sinhozinho, não esquecendo do pai do cantor o cuiabano Odair Popó. ISAQUE, da Guiomar, neto do Osvaldo Trelha, lembro dos banhos de formoso em sua fazenda quando era criança. JEFERSSON, o boi, desculpa a liberdade, voltei no tempo vi seu Romário, saudades do Noedir homem único, Bita companheira de luta, não conheci ou não lembro do Sr Ozorio, um Bonito de emocionar. JOSEMAR, neto do Henrique e Adelaide Zanuncio Trindade, filho do Ataíde e Verissima, que tem o sangue musical dos nossos vizinhos paraguaios, Zanuncio e Trindade, nomes da nossa história. MARIEL FLORES, neto do seu Miro, filho do Marinho Botafogo e da Maria do Manoel Cruz, famílias que sempre fizeram Bonito. Agora chegamos no novo, os novos bonitenses, que já estão escrevendo Bonito, JOÃO MOREL, o caçula, outro sangue bom, bonitense paraguaio filho da Luzia Cristina Morel, neto do paraguaio Florêncio Morel, veterano da guerra do chaco. TIAGO PERES, sempre fui fã das suas músicas e da sua coragem, hoje muito mais, Filho do Gilberto e Helena, você tem a garra de um grande guerreiro, vamos sempre tentar, acreditar e seguir em frente, vamos vencer. VITORIO, filho de Miguel Alves Machado e Maria Conceição da Cruz, não nasceram em Bonito mas escolheram aqui para criar os filhos, feliz na escolha do samba, Viver e não ter vergonha de ser Feliz, é Bonito é Bonito com toda razão. GIOVAN COUTINHO, conheci pequeno, filho dos meus amigos Nilton Coutinho e Bete de Marco Coutinho, não nasceram aqui, mas escolheram para viver e ter alguns filhos, os últimos são bonitenses, muito bom ter vocês, estão ajudando a escrever alguns capítulos do nosso livro.
PH, filho do nosso capitão Wilson, escolheu Bonito para ser feliz, PH, hoje você poderia estar em São Paulo, teve oportunidades, mas escolheu voltar para nossa cidade para ajudar nossos jovens, passando o conhecimento que adquiriu, nosso professor, conheceu uma menina de família centenária e já é um pai bonitense, obrigado por ter voltado. GOGA PENHA, realização e alegria no palco, uma criança feliz filho do Mario da Sucam e Eliza Penha, teve oportunidade de ficar fora, mas resolveu voltar e fazer a diferença. MORGANA, a magia das Brumas de Avalon, subiu ao palco para cantar uma música maravilhosa que nasceu através de uma carta de amor, escrita pára uma namorada que tinha se mudado para SP, ele poeta apaixonado não aguentando a saudade foi atrás, chegou junto com a carta, a amada disse para fazer uma música, palavras ditas para mim aqui no tapera, você é muito especial, tanto que fiz questão de ter você no lançamento do livro da minha amada, obrigado, agora o ultimo personagem deste espetáculo maravilhoso, KALU filho de José Carvalho do Nascimento e Maria do Carmo Alves de Carvalho, tua mãe me contou uma história há muitos anos, disse ela que quando você nasceu era muito chorão, só se acalmava quando ela colocava um microfone na sua mão, assim começou uma vida de amor a música, obrigado por ter vindo para Bonito, obrigado por agregar tantos talentos em um só espaço, vocês fizeram história, escreveram um capitulo muito importante no livro de Bonito, este dia será lembrado, foi um espetáculo único, como disse no título, mordi a língua no tronco, sou um cara feliz quando mordo a língua, pois quando acontece algo de bom a cidade ganhou.

                                 Parabéns, povo feliz cidade orgulhosa a todos vocês, não se superaram, fizeram o que sabem fazer, de maneira séria e profissional, estamos felizes e orgulhosos, minhas desculpas.