domingo, 11 de setembro de 2011

Olho

Olho para cima, vejo luzes

Acende a imaginação

Estrelas guiando meu olhar

Procurando respostas que já tenho

O futuro esta lá

Aqui não nos pertence


Abaixo a cabeça, estou sentado num banco da praça

Olho para a direita, vejo abandono

Jovens vagando pra lugar nenhum

Sempre os mesmos, procurando o que nunca encontrarão

Sem escola, trabalho tampouco alegria


Olho para a esquerda, casais de namorados

Programando um futuro incerto

Serão felizes num mundo que não pertencem

Encontrarão alegria numa terra hostil


Olho para traz, vejo um passado

Todos eram iguais

As castas não existiam

Guetos, só os de Varsóvia

O peão era filho do patrão


Olho para baixo e vejo o que viramos

Transformados em nada

Nos arrastamos, respeito perdemos

Irmãos não somos

Identidade, o que é isto?

Valores, o que são?


Olho para frente, piraputangas

Criadas em curvas perfeitas

Brincando em águas transparentes

Comemorando a conquista do nada

Derrapando para o abismo do tempo perdido.

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