sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Nazi-Fascismo

          Hoje encontrei no supermercado um velho conhecido, filho de um jovem atleta judeu e alemão, que nos anos 30 fugiu do regime nazista usando um pequeno barco a remo, abandonando tudo para tentar escapar da perseguição aos judeus, vindo para o interior do Brasil, onde criou seus filhos.
          Estou contando essa história, porque lembrei de um fato, ocorrido na eleição do Collor, caçador de marajás, na época o salvador da pátria, o herói nacional, contra Lula o perigo vermelho, lembro-me deste conhecido falando que seu pai, o refugiado alemão, quando Collor aparecia na TV, desligava a mesma, ou se retirava da sala, pois o "salvador da pátria", trazia a ele lembranças cruéis, pois via em Collor, semelhanças muito grandes com Hittler, usavam o ódio e as frustrações das pessoas para chegar ao poder, mostrando um culpado do imaginário popular.
          Depois de vinte e oito anos, aqui estamos, repetindo o mesmo erro, mas agora com um louco que prega um ódio generalizado, apoiado por alguns milicos retardado que pretendem continuar com as regalias de pensões para suas filhas improdutivas, enquanto o débil candidato culpa as minorias pelo país estar em dificuldades, e parado no tempo.
Perguntei a ele, filho do alemão refugiado, em quem estaria votando, sabendo que seu pai jamais votaria no "coiso", ele me disse a clássica resposta de todos... "O PT roubou".
          O filho judeu, de um refugiado judeu alemão, hoje vota num candidato nazi-fascista.
Desculpe, eu não sei mais o que falar. Tão doente quanto ele, é estar com ele.

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