sábado, 13 de agosto de 2011

Praça da Liberdade.

Ilha de esperança

Cerco da vergonha humana

Praça da liberdade

Lute pela sua essência

Não percamos a esperança


Ao Norte o Banco do Brasil

Que não é dos brasileiros

Tem que ter dinheiro e crédito

Se não tens estes requisitos, não é teu.

Fazemos parte da maioria.

Não é nosso.


Ao Oeste um templo

Onde Deus vem para te dar

Dinheiro, saúde e felicidade

Mas tem que pagar.


Ao Sul a Caixa Econômica Federal

Escondida atrás de uma casa de apostas

Onde todos nós oprimidos e derrotados

Vamos atrás do milagre da sorte

Todos os dias apostamos nossas esperanças

Sempre os mesmos ansiosamente esperam o resultado

Pois aí serão recebidos de braços abertos no Banco do Brasil


Ao Leste, outro templo

Onde se prega a humildade e o amor

Pois, assim, ganharemos a vida eterna

Não é preciso pagar, já sugaram muito

Seus lideres vivem em palácios

Pregando a humildade e o desprendimento material


Bancos e Igrejas

As maiores invenções comerciais do homem

Estão cercando o templo da liberdade


A Praça da Liberdade

Ainda resiste para que possamos sonhar.


“A praça é do povo assim como o céu é do condor”

Castro Alves.

Um comentário:

  1. Caro Tó

    Muito boa essa sua "poesia-crítica", está sendo interessante acompanhar seu blog.
    Espero mais textos.

    Feliz dias dos pais.

    Boggiani

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